"Não confundas o amor com o delírio da posse, que acarreta os piores sofrimentos. Porque, contrariamente à opinião comum, o amor não faz sofrer. O instinto de propriedade, que é o contrário do amor, esse é que faz sofrer. (…) Eu sei assim reconhecer aquele que ama verdadeiramente: é que ele não pode ser prejudicado. O amor verdadeiro começa lá onde não se espera mais nada em troca.” (Antoine de Saint-Exupéry, in “Cidadela”)
ele disse-me esta verdade…
O Amor é mais sensível,a Amizade mais segura.
O Amor nos dá asas,a Amizade o chão.
No Amor há mais carinho,na Amizade compreensão.
O Amor é plantadoe com carinho cultivado,
a Amizade vem faceira,e com troca de alegria e tristeza,torna-se uma grande e querida companheira.
Mas quando o Amor é sincero ele vem com um grande amigo,
e quando a Amizade é concreta,ela é cheia de amor e carinho.
Quando se tem um amigo ou uma grande paixão,
ambos sentimentos coexistem dentro do seu coração.
(William Shakespeare)
É ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer;
É um não querer mais que bem querer;
É solitário andar por entre a gente;
É nunca contentar-se de contente;
É cuidar que se ganha em se perder;
É querer estar preso por vontade;
É servir a quem vence, o vencedor;
É ter com quem nos mata lealdade.
Mas como causar pode seu favor
Nos corações humanos amizade,
se tão contrário a si é o mesmo Amor?
(O sonêto 11 de Luiz Vaz de Camões, foi adaptado musicalmente pelo grupo "Legião Urbana". Sua forma original é tirada do texto bíblico 1 Coríntios 13)
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.
Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento.
E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama
Eu possa me dizer do amor ( que tive ) :
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.
(Soneto da fidelidade - Vinícius de Moraes)
Fernando Pessoa
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